Estou agora dentro de um dos mais chiques hotéis de Havana: o faraônico ¨Havana Libre¨. Lugar que recebe o papa, astros de Hollywood... Biscoito fino mesmo. Escrevo daqui porque é um dos poucos lugares onde encontro uma Lan House. E também pela experiência de sentir o turismo mais caro na Ilha. Desculpem pela falta de acentuacao e possiveis erros de digitacao. Escrevo na correria. O preco de internet também é salgadíssimo...
Fiz uma viagem cansativa, mas sem contratempos. Estava ansioso pelo violao ter que ser despachado, mas ele pôde vir comigo no aviao, confortável e quentinho. Um alívio. Estou hospedado com um casal de idosos, Sue e Victor, que sao de uma simpatia irresistível. Bem perto da Plaza de la Revolución, e nao tao longe do centro da capital. Sue prepara um café da manha tao saboroso que até os mafiosos americanos em tempos de pré revolucao aprovariam de imediato.
Ontem, na minha primeira noite, queria andar sem rumo. Somente caminhar e jantar num restaurante sofisticado para comemorar a chegada. Ao pedir informacoes a um cubano, Roberto, iniciamos uma conversa tao amistosa que ele decidiu me mostrar a cidade pessoalmente. Dá pra acreditar! Fomos sentir o mar, conhecer os cinemas. Sempre com muito bom humor. Gargalhando pra valer!
Aqui, me sinto em casa. Ando por essas ruas estreitas com tranquilidade e grande consciência de liberdade. Só conheci cubanos bem afetuosos. Fanáticos por nossas novelas, de Escrava Isaura até Mulheres Apaixonadas, passando por Vale Tudo. Um povo as vezes talvez triste, mas nunca amargo com os destinos da Revolucao. Fisicamente pareco muito com o povo cubano. Possuo um estado de espírito também bem semelhante. O que muito me alegra e entusiasma!
Hoje por la noche vou curtir uma música cubana, no teatro nacional. Continuarei aqui caminhando e cantando e ouvindo a Cancao das Américas...